sábado, 28 de outubro de 2017

0028 -A day in a life

Em Santo André

Em Casas Velhas: necrópole da Idade do Bronze

Percebe-se porque lhe chamaram Anta da Pedra Branca

Numa barragem romana na Serra de Grândola

E revendo a Quinta do Anjo.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

0026 - A importância de um som e de um conjunto de caracteres.


O meu nome é António Carlos Neves de Valera. Quando era mais menino, trepava aos postes e o meu mundo de relações era restrito à família e amigos da família, a designação era Tony. Não confundir com Toni. Porque, nascido na velha Albion, foi de lá que veio o diminutivo (a pesar da inevitável adaptação à pronúncia portuguesa ter resultado num Toni).
Mas mal entrei na escola passei a ser o Valera ( e o Tony ficou para a família próxima). E fui Valera por aí a fora, entre colegas e entre as seguintes relações familiares. Toda a minha identidade e visão de mim se construiu em torno ao nome (escrito e pronunciado) Valera. Na escola, entre os amigos, na universidade, em toda a minha carreira como professor. Até ao fatídico dia em que fui trabalhar para a empresa onde trabalho há 20 anos (exactamente). Aí, não sei porquê (ou não querendo aprofundar o assunto), passei a ser tratado pelo meu nome próprio António. A coisa ao princípio foi estranha e complicada. Chamavam pelo ou falavam do António e eu não percebia que era comigo. E, quando me apercebia, a coisa não me era agradável. Apenas porque não me reconhecia no nome, no som,na grafia.
O tempo foi passando, e porque o ser humano é profundamente plástico, fui-me habituando. Hoje já não estranho. Pelo contrário, já me surpreendo quando alguém, que não dos círculos antigos, me nomeia por Valera. Mas cada vez que isso acontece, é como se renascesse. E hoje, tenho uma espécie de dupla identidade onomástica: António para uns Valera para outros (restando o Tony para a família). E isto organiza-se no tempo e no espaço.

Mas qual é o porquê  desta conversa hoje. Porque os meus filhos são hoje tratados por Valera. Porque hoje o mais velho faz anos e abro o Facebook e só vejo parabéns ao Valera. E fico nostálgico, mas simultaneamente feliz.