Há umas semanas atrás estive em Beja, a dar uma conferência
sobre as principais novidades arqueológicas regionais relativas à Pré-História
Recente, integrando um ciclo promovido pela Associação de Defesa do Património
municipal, apoiado pelo projecto Outeiro do Circo e pela C.M. de Beja, onde
estiveram pouco mais que duas dezenas de pessoas.
Daqui a um mês e meio estarei em Maastricht, numa sessão
dedicada a debater a mobilidade humana na mesma Pré-História Recente, no âmbito
do congresso anual da Associação Europeia de Arqueólogos.
Entre as duas participações há muitas diferenças. No âmbito,
no público, no impacto, em escala, etc. Mas também homologias: no empenhamento,
na seriedade e na importância a que ambas foi/será reconhecida.
Entre os deslumbramentos que os palcos internacionais podem
causar e o desânimo que alguns dos nacionais incutem há que encontrar um
equilíbrio que nos permita perceber que podemos funcionar a várias escalas e
que, não infrequentemente, somos mais consequentes e relevantes nos segundos do
que nos “festivais” em que se transformam muitos dos primeiros.
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